Síndrome Pós Finasterida

Disfunções sexuais e depressão estão entre as principais reações da Síndrome Pós Finasterida
A finasterida é um medicado muito utilizado por homens no tratamento da Alopecia Androgênica, popularmente conhecida como calvície.
Seu principal objetivo é coibir a queda de cabelos, bloqueando uma enzina denominada 5alfa-redutase e inibindo a produção de DHT (Dihidrotestosterona), hormônio responsável por variadas condições hormonais e estéticas da pele e cabelo, que inclui a miniaturização dos fios. Entretanto, o uso desta substância pode acarretar em graves efeitos colaterais.
Além de bloquear a conversão do principal hormônio masculino, a testosterona em DHT, a finasterida ainda modifica os níveis de LH, substância que estimula as células intersticiais a liberarem a testosterona, e também do FSH, que regula a produção de espermatozoides e a maturação dos óvulos durante a idade fértil.
Diante disto, os usuários de Finasterida acabam apresentando reações adversas no campo neurológico, sexual e físico, inclusive, essas consequências podem perdurar mesmo após a interrupção do tratamento, resultando em um quadro conhecido como Síndrome Pós Finasterida.
O que é a Síndrome Pós Finasterida?
A Síndrome Pós Finasterida é a persistência dos efeitos colaterais após a interrupção do tratamento de calvície com a medicação Finasterida.
As reações, que incluem disfunções sexuais, físicas e neurológicas podem durar até sete anos, entretanto, alguns casos resultaram em quadros irreversíveis.
Vale destacar, que a Finasterida apenas atenua a queda de cabelo enquanto o usuário estiver consumindo a substância, e ela não faz com que áreas calvas sejam revertidas.
Quais as principais reações da Síndrome Pós Finasterida?
Ao estimular uma queda dos níveis de dihidrotestosterona (DHT) vários sintomas físicos e neurológicos podem ser observados durante a Síndrome Pós Finasterida, entre eles:
Disfunções sexuais
Insônia
Pele seca e alergias
Dor nas articulações e músculos
Ansiedade
Ataques de pânico
Depressão
Além disso, os níveis baixos de DHT e testosterona podem gerar queda da imunidade, resultando em alergias alimentares e inflamações.
Já o desiquilíbrio na secreção de cortisol, que também é uma reação da Síndrome Pós Finasterida, indica possibilidades de quadros de estresse, ataque de pânico, ansiedade, insônia e depressão, visto que a Finasterida bloqueia a síntese de neuroesteróides, como por exemplo, o ALLO (Alopregnanolona), substância calmante presente no cérebro.
Também foram notados em pacientes com Síndrome Pós Finasterida, baixos níveis de vitamina D e elevação significativa do colesterol.
Apesar do uso desta substância não ser comum em mulheres, vale destacar, que nas grávidas podem causar a teratogenicidade, alterações no feto que podem prejudicar a saúde do bebê.
Existe tratamento para Síndrome Pós Finasterida?
Atualmente não existe tratamento para reverter a Síndrome Pós Finasterida, visto que a reposição do testosterona pode resultar em reações adversas, inclusive, agravar o quadro.
A principal indicação, além é claro, de não fazer o uso da substância é optar por tratamentos alternativos para a Alopecia Androgênica.

Métodos alternativos para o tratamento da Calvície
Visto as graves consequências que a medicação Finasterida pode resultar, a busca por tratamentos alternativos para a calvície é a melhor solução.
Primeiramente, é importante passar por uma avaliação de Tricologia, como explica o médico Drº Danilo Siqueira Talarico da Clínica BelaPele. “Durante a avaliação completa do paciente com os devidos exames clínicos e laboratoriais, é traçada uma estratégia para implementar a terapêutica mais adequada no tratamento da alopecia androgênica”, destaca o médico estudioso das doenças do cabelo.
Além dos medicamentos orais e tópicos que podem vir fazer parte do tratamento, o médico também destaca alguns procedimentos realizados na clínica, que garantem resultados eficientes e satisfatórios, sem graves reações adversas, como no caso da Finasterida, entre eles:
Microinfusão de medicamentos na pele (gold standard)
Intradermoterapia
Laser de baixa potência e LED
Agulhamento
Transplantes capilares
Ainda como explica o médico, a calvície é uma doença crônica, sem previsão de melhora espontânea, por isso, necessita de tratamento e acompanhamento efetivo.